domingo, 31 de março de 2013

TEXTO MENTES ORGULHOSAS

Mentes Orgulhosas.
Milênios se passaram desde o período em que lagartos gigantes rastejavam-se solitários sobre um chão pesado. Séculos correram-se em guerras insanas sobre santos sangues derramados em uma história terrena triste. Muita escuridão e dores caíram sobre a Terra.
Hoje, por felizmente, a sociedade lê e pensa pela luz da Paz. A humanidade, no entanto, ainda não aprendeu a lição das escrituras sagradas, pois rasteja no primitivismo quando cultiva o orgulho e os vícios. Na paixão pela arrogância em exibicionismos sociais daquelas “autoridades de gravatas”, homens tão distantes geograficamente do ético-moral...  Distantes mais ainda da realidade espiritual quando confundem “justiça” com “guerra”, quando misturam “alegria” com “excitação do ódio”. Aquelas mentes orgulhosas que proferem inverdades e bravatas em nome de uma moral externa, ou seja, da imoralidade e agressividade disfarçadas.
Em 1182, eis que surge uma claridade sobre o céu da Itália: nasce Giovanni di Pietro, o São Francisco de Assis. O Frade Menor que alerta a humanidade tendente à maldita herança da soberba e da prepotência dos reis que cegam corações e iludem mentes. Ele mostrou em suas simples pregações que atitudes negligentes e degradantes como o alcoolismo, o sexo desregrado e as festas extravagantes são reflexos do comportamento hostil e torpe cujo desfecho se dá na maior expressão de desamor: a indiferença à vida... Despreso este que retira covardemente a existência de um semelhante: o assassinato. Assassinatos, hoje fatalmente banais, que crescem em nossa comunidade tão agressiva e competitiva, e pior: liderada por mentes mesquinhas e egoístas conduzidas por pessoas pedantes que se encastelam em seus apartamentos de luxo, que se escondem pelas ruas naquelas armaduras ambulantes de ferro: carros. Tudo isso para não caminhar na mesma calçada onde os mais simples e desprovidos de coisas trafegam debaixo de sol e chuva.
Deveriam compreender os pragmáticos materialistas que alcançam o poder da sociedade, que, para o Universo, somente brilham os humildes. Pois somente essas estrelas-alma têm o poder de enxergar quão frágeis somos em matéria, e, a um só tempo, quão fortes somos nos sentimentos de Amor, Perdão e Paz.
É preciso praticar os gestos simples como andar junto ao povo. É preciso realizar a diplomacia gratuita do diálogo, e nunca o dispendioso duelo. É preciso, portanto, Amar antes de tudo. Necessitamos, enfim, de ser humildes e de descobrir a realidade espiritual que há em nosso existir. Pela humildade.
AUTORIA : Diego Rocha

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