Mentes
Orgulhosas.
Milênios
se passaram desde o período em que lagartos gigantes rastejavam-se solitários
sobre um chão pesado. Séculos correram-se em guerras insanas sobre santos
sangues derramados em uma história terrena triste. Muita escuridão e dores caíram
sobre a Terra.
Hoje,
por felizmente, a sociedade lê e pensa pela luz
da Paz. A humanidade, no entanto, ainda não aprendeu a lição das escrituras
sagradas, pois rasteja no primitivismo quando cultiva o orgulho e os vícios. Na
paixão pela arrogância em exibicionismos sociais daquelas “autoridades de
gravatas”, homens tão distantes geograficamente do ético-moral... Distantes mais ainda da realidade espiritual
quando confundem “justiça” com “guerra”, quando misturam “alegria” com “excitação
do ódio”. Aquelas mentes orgulhosas que proferem inverdades e bravatas em nome
de uma moral externa, ou seja, da imoralidade e agressividade disfarçadas.
Em
1182, eis que surge uma claridade sobre o céu da Itália: nasce Giovanni di Pietro, o São Francisco de Assis. O Frade Menor que
alerta a humanidade tendente à maldita herança da soberba e da prepotência dos
reis que cegam corações e iludem mentes. Ele mostrou em suas simples pregações
que atitudes negligentes e degradantes como o alcoolismo, o sexo desregrado e as
festas extravagantes são reflexos do comportamento hostil e torpe cujo desfecho
se dá na maior expressão de desamor: a indiferença à vida... Despreso este que
retira covardemente a existência de um semelhante: o assassinato. Assassinatos,
hoje fatalmente banais, que crescem em nossa comunidade tão agressiva e
competitiva, e pior: liderada por mentes mesquinhas e egoístas conduzidas por pessoas
pedantes que se encastelam em seus apartamentos de luxo, que se escondem pelas
ruas naquelas armaduras ambulantes de ferro: carros. Tudo isso para não caminhar
na mesma calçada onde os mais simples e desprovidos de coisas trafegam debaixo
de sol e chuva.
Deveriam compreender os
pragmáticos materialistas que alcançam o poder da sociedade, que, para o
Universo, somente brilham os humildes. Pois somente essas estrelas-alma têm o
poder de enxergar quão frágeis somos em matéria, e, a um só tempo, quão fortes
somos nos sentimentos de Amor, Perdão e Paz.
É preciso praticar os gestos
simples como andar junto ao povo. É preciso realizar a diplomacia gratuita do
diálogo, e nunca o dispendioso duelo. É preciso, portanto, Amar antes de tudo. Necessitamos,
enfim, de ser humildes e de descobrir a realidade espiritual que há em nosso
existir. Pela humildade.
AUTORIA : Diego Rocha
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