O Correio Braziliense destaca que apesar dos recentes
afagos dispensados ao PMDB pela presidente Dilma Rousseff, que turbinou a
legenda na Esplanada com a Secretaria de Aviação Civil e aquietou a
bancada mineira da sigla com o Ministério da Agricultura, o segundo
maior partido da base aliada é hospedeiro de um ninho de rebeldes
dispostos a levantar voo da bancada governista. É nesse cenário que o
empenho do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, em prospectar
buracos na base de sustentação de Dilma Rousseff está prestes a ser
brindado com um alento do PMDB. Uma caravana de cerca de 30
parlamentares, entre deputados e senadores, deve ir ao encontro de
Campos no Palácio das Princesas, sede do governo estadual, dispostos a
oferecer trincheiras dentro de um dos principais partidos da base aliada
ao pré-candidato ao Palácio do Planalto em 2014.
O encontro deve ocorrer logo após a semana santa. A insatisfação com o
tratamento dispensado pelo Planalto e também pela cúpula do PMDB aos
parlamentares, a maior parte pertencente ao chamado “baixo clero” do
Congresso, é o principal motor da rebelião pública ensaiada pela ala
mais periférica da legenda.
“A verdade é que o PMDB é um partido de muitos, comandado por
poucos”, diz o deputado Genecias Noronha (PMDB-CE), que lidera o grupo
de insurgentes dentro da sigla. “Não somos bem recebidos pelo governo,
não participamos do processo de tomada de decisões dentro do PMDB. Somos
reduzidos a uma massa de manobra que faz o partido ter a maior bancada
no Senado e a segunda maior na Câmara, mas não tem voz”, reclama o
deputado da bancada cearense do partido, quintal do líder do PMDB no
Senado, Eunício Oliveira.
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