A Destruição na Capela de Cunhaú
Segundo Câmara Cascudo, "o engenho Cunhaú foi construído na
sesmaria dada por Jerônimo de Albuquerque em 2 de maio de 1604 aos seus
filhos Antônio e Matias. Constava de 500 quadradas na várzea de Cunhaú e
mais duas léguas em Canguaretama".
No início do século, o engenho exportava açúcar para Recife. Possuía um fortim, sob o comando do capitão Álvaro Fragoso de Albuquerque. Foi construído por marinheiros de Dunquerque.
Esse fortim foi atacado, vencido e destruído pelo coronel Artichofski, em outubro de 1634.
A Companhia confiscou o engenho de Antônio Albuquerque Maranhão.
Depois, o engenho passou por várias mãos.
No dia 15 de julho de 1645, sábado, Jacob Rabbi apareceu em companhia dos janduís, liderados por Jererera, no engenho de Cunhaú. A simples presença dos tapuias e de potiguares causou pânico na população.
Jacob Rabbi trazia instruções de Paul Linge. Publicou um documento, convidando a população para, no domingo, comparecer à capela para participar de uma reunião, quando seriam transmitidas determinações do Conselho Supremo.
A capelinha tinha como padroeira Nossa Senhora das Candeias.
A maioria do povo atendeu ao convite, lotando o templo. Tiveram, entretanto, que deixar suas armas do lado de fora.
O padre André de Soveral, paulista de São Vicente, missionário e tupinólogo, começou a celebrar a missa, considerando que a reunião seria realizada após o ato religioso. Possuía entre 70 e 90 anos. Era muito querido pelos seus paroquianos.
Os nativos se aproximaram da capela. Fecharam as portas. Os fiéis compreenderam o que iria acontecer. Tarde demais. Quando o padre André Soveral elevou a hóstia, era o sinal combinado, começou o massacre. As vítimas mal tiveram tempo de pedir perdão de seus pecados. Gritos, súplicas, gemidos.
Alguns tapuias procuraram atingir o sacerdote, André Soveral, então, disse:
- "Aquele que tocar no padre ou nas imagens do altar terá os braços e as pernas paralisados!"
Os tapuias recuaram, porém Jererera acertou um golpe violento no sacerdote, que caiu. Ainda conseguiu se erguer, mas por pouco tempo, tombando sem vida. Morreram, ao todo sessenta e nove pessoas.
A notícia se espalhou, provocando revolta. Iniciando, pouco depois, a fase das represálias. Em outubro de 1645, apareceu o capitão João Barbosa Pinto, matando holandês, com fúria selvagem. Em janeiro de 1646, Felipe Camarão e o capitão Paulo da Cunha só não fizeram o mesmo porque não encontraram inimigo para matar.
Após a expulsão dos holandeses, em 1645, a capela foi reconstruída pela família Albuquerque Maranhão, conforme registrou Fernando Távora.
No início do século, o engenho exportava açúcar para Recife. Possuía um fortim, sob o comando do capitão Álvaro Fragoso de Albuquerque. Foi construído por marinheiros de Dunquerque.
Esse fortim foi atacado, vencido e destruído pelo coronel Artichofski, em outubro de 1634.
A Companhia confiscou o engenho de Antônio Albuquerque Maranhão.
Depois, o engenho passou por várias mãos.
No dia 15 de julho de 1645, sábado, Jacob Rabbi apareceu em companhia dos janduís, liderados por Jererera, no engenho de Cunhaú. A simples presença dos tapuias e de potiguares causou pânico na população.
Jacob Rabbi trazia instruções de Paul Linge. Publicou um documento, convidando a população para, no domingo, comparecer à capela para participar de uma reunião, quando seriam transmitidas determinações do Conselho Supremo.
A capelinha tinha como padroeira Nossa Senhora das Candeias.
A maioria do povo atendeu ao convite, lotando o templo. Tiveram, entretanto, que deixar suas armas do lado de fora.
O padre André de Soveral, paulista de São Vicente, missionário e tupinólogo, começou a celebrar a missa, considerando que a reunião seria realizada após o ato religioso. Possuía entre 70 e 90 anos. Era muito querido pelos seus paroquianos.
Os nativos se aproximaram da capela. Fecharam as portas. Os fiéis compreenderam o que iria acontecer. Tarde demais. Quando o padre André Soveral elevou a hóstia, era o sinal combinado, começou o massacre. As vítimas mal tiveram tempo de pedir perdão de seus pecados. Gritos, súplicas, gemidos.
Alguns tapuias procuraram atingir o sacerdote, André Soveral, então, disse:
- "Aquele que tocar no padre ou nas imagens do altar terá os braços e as pernas paralisados!"
Os tapuias recuaram, porém Jererera acertou um golpe violento no sacerdote, que caiu. Ainda conseguiu se erguer, mas por pouco tempo, tombando sem vida. Morreram, ao todo sessenta e nove pessoas.
A notícia se espalhou, provocando revolta. Iniciando, pouco depois, a fase das represálias. Em outubro de 1645, apareceu o capitão João Barbosa Pinto, matando holandês, com fúria selvagem. Em janeiro de 1646, Felipe Camarão e o capitão Paulo da Cunha só não fizeram o mesmo porque não encontraram inimigo para matar.
Após a expulsão dos holandeses, em 1645, a capela foi reconstruída pela família Albuquerque Maranhão, conforme registrou Fernando Távora.
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