Dileto Amigo,
Venho
por meio deste e-mail apresentar-lhe algo de minha vida particular,
pois pude somente ontem, domingo, dia 30 de dezembro de 2012, fechar
nossa árvore genealógica ancestral, através da grata surpresa da
presença da última representante de geração antiga, minha tia-bisavó, Francisca da Rocha Freire, hoje com 92 anos de pura lucidez e força, a quem reside em Recife, PB. Ela nasceu na Fazenda Inharé de Cachoeiras, em casa antiga de co-fundador de Santa Cruz do Trairi, seu avô, João da Rocha Freire,
meu tetravô. Dona Francisca confirma que a família de Lourenço
(Rodrigues) ficou às margens do Rio Trairi, melhor pedaço de chão; que
dedicaram-se à política. Já a nossa, família de João (Rocha Freire),
ficou na penúria às margens do Rio Inharé, rio menos abundante que
aquele. Conta que foi a seca de 1930 que fez ela e seus 15 irmão irem
morar em Natal, João Pessoa e Recife. Meu bisavô, irmão dela, Arthur da Rocha Freire,
não arredou o pé daqui, tornou-se comerciante simples; ficou cuidando
das pouquíssimas cabeças de gado que a Seca permitiu sobreviver. Ela
chora ao dizer que a miséria climática da estiagem fez nossa família
comer xique-xique queimado e vender as terras a troco de pão.
Conclui
a pesquisa, ratificando o que tios e primos disseram a mim, que sou
descendente dos co-fundadores desta cidade. Lisonja, não soberba minha
assim afirmar. Veja sequência ancestralógica simplificada.
1. Eu: Diego da Rocha Fernandes.
2. Minha mãe: Railma da Rocha Freire.
3. Meu avô materno: Elino da Rocha Freire.
4. Meu bisavô materno: Arthur da Rocha Freire.
5. Meu tataravô materno: Pedro da Rocha Freire (filho de João da Rocha Freire, irmão de Antônio da Rocha Freire, este casado com Isabel Pereira da Cunha, e José da Rocha Freire).
6. Meu tetravô materno: João da Rocha Freire – citado como um dos três co-fundadores de Santa Cruz do Trairi (BEZERRA,
Severino; 1984, página 08. In: Memória Histórica de Santa Cruz; AMORIM,
Hermano José de; 1998, página 22. In: Santa Cruz nos Caminhos do
desenvolvimento).
A ver, oficialmente, são os co-fundadores de Santa Cruz do Trairi, os irmãos: Lourenço da Rocha e João da Rocha Freire, e seu primo José Rodrigues da Silva,
ano de 1825, vindos do Crato, Estado do Ceará. Logo após, vieram alguns
contraparentes da Paraíba, também família Rocha e Rodrigues. Vejo que
foi um núcleo familiar que fundou Santa Cruz, a mostrar um traço
bastante simples e rudimentar de se estabelecer um povoamento colonial.
As terras, simples doação das sesmarias em troca de povoamento daquele
que tivesse a coragem de se embrenhar em terras inóspitas e sem qualquer
“amparo provincial”.
Com atenção e apreço,
Diego Rocha
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