O
Exército da Coreia do Norte advertiu nesta quarta-feira (3) que havia
recebido a autorização final para lançar um ataque contra os Estados
Unidos com um eventual uso de armas nucleares, segundo um comunicado
divulgado pela agência estatal KCNA.
O Estado-Maior do Exército norte-coreano indicou que havia expressado
formalmente a Washington que as ameaças americanas serão “esmagadas”
utilizando “meios nucleares modernos, leves e diversos”, segundo o
comunicado.
“A operação sem compaixão das forças armadas revolucionárias neste aspecto foi finalmente examinada e ratificada”, indicou.
O Exército advertiu na nota que “o momento de uma explosão (da
situação) se aproxima rapidamente” e que uma guerra na península coreana
pode eclodir “hoje ou amanhã”.
Em dezembro passado, houve uma escalada da tensão com o lançamento de
um foguete norte-coreano —considerado pelo Ocidente como um teste de
míssil de longo alcance—, seguido em fevereiro do terceiro teste nuclear
norte-coreano.
Pouco depois, a ONU impôs novas sanções contra o regime de Pyongyang,
no momento em que Estados Unidos e Coreia do Sul realizavam manobras
militares conjuntas durante as quais Washington mobilizou aviões B-52,
com capacidade de transporte de armas nucleares.
Em resposta, a Coreia do Norte ameaçou efetuar ataques com mísseis e
bombardeios nucleares contra a Coreia do Sul e contra interesses
americanos no Pacífico.
No sábado (30), Pyongayng se declarou em “estado de guerra” com o Sul
e na terça anunciou sua intenção de reativar um reator nuclear que teve
suas operações suspensas em 2007, desafiando as resoluções da ONU que
proíbem qualquer programa atômico.
Os Estados Unidos prometeram nesse mesmo dia que defenderão seus
aliados sul-coreanos, e o secretário de Estado, John Kerry, classificou
como “perigoso” e “irresponsável” o comportamento do líder
norte-coreano, Kim Jong-un.
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