Um bispo alemão que já enfrenta pressão por possuir uma mansão de 31
milhões de euros (R$ 91,2 milhões) foi acusado por promotores nesta
quinta-feira (10) de ter mentido diante do tribunal.promotora-chefe de Hamburgo Nana Frombach disse em comunicado que
pediu à Corte que multasse o bispo Franz-Peter Tebartz-van Elst em uma
quantia não especificada pela prestação de falso testemunho durante um
processo que ele abriu contra a revista Der Spiegel. O escritório de
Tebartz-van Elst não quis fazer nenhum comentário.
Tebartz-van Elst entrou com um processo contra a revista
alemã Der Spiegel por uma reportagem que afirmava que ele viajou à Índia
para visitar crianças pobres na primeira classe do avião.
Tebartz-van Elst vem sendo pressionado por causa da
construção de um novo complexo residencial que teria custado por volta
de 31 milhões de euros (R$ 91,2 milhões). O Vaticano enviou uma
autoridade do alto escalão, o cardeal Giovanni Lajolo, para investigar
as acusações.
Em entrevista publicada nesta quinta-feira pelo jornal
Bild, Tebartz-van Elst defendeu a construção, dizendo que se tratavam de
dez projetos e que houve custos adicionais por causa de regulamentações
de prédios sob proteção histórica.
O chefe da Conferência de Bispos da Alemanha, o arcebispo
Robert Zollitsch, disse a jornalistas nesta quinta-feira que ele estava
acompanhando o desenrolar do caso com "grande preocupação". Questionado
se Tebartz-van Elst deveria ser retirado de seu cargo, Zollitsch disse
que faria uma recomendação ao papa Francisco em Roma na semana que vem.
O papa Francisco
é a favor que a Igreja e seus representantes vivam de forma modesta:
ele mora em uma suíte simples em um hotel do Vaticano em vez do Palácio
Apostólico, come suas refeições no saguão do hotel e é transportado pela
cidade em um Ford Focus.
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