Ricardo Feltrin, colunista do UOL
Durante o segundo tempo da partida em que o Brasil se sagrou campeão da
Copa das confederações, quando já estava claro que o resultado era
"batata", um emissário do Palácio do Planalto presente ao Maracanã se
encontrou em sigilo com um representante da CBF e disse que a presidente
Dilma estava se "oferecendo" para receber toda a seleção em uma
recepção de gala na segunda-feira por volta da hora do almoço.
Não seria nada demais, uma vez que já é uma tradição que
seleções campeãs em torneios oficiais sejam recebidas pelos presidentes
da República em exercício. Tem sido assim desde a ditadura, aliás. O que
ocorreu, porém, foi que o representante da CBF contatado pelo emissário
do Planalto era um fiel escudeiro de José Maria Marin, presidente da
entidade esportiva e inimigo "figadal" de Dilma --depois que a
presidente por várias vezes se recusou a recebê-lo para audiências ou
mesmo um cafezinho.
Assim que foi informado do interesse de Dilma, Marin chamou Felipão e
informou que oficialmente estava dispensando toda a seleção assim que a
cerimônia de encerramento da Copa terminasse. Felipão, que nem sequer
sabia do interesse de Dilma na visita dos campeões, repassou o aviso à
comissão técnica, que por sua vez repassou aos jogadores.
Antes que o prato esfriasse, Marin se vingou de Dilma ao não lhe dar o
gostinho de tirar uma "lasquinha" da impressionante campanha da seleção
na Copa das Confederações.
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