José Nailson de Medeiros Costa
POEMA DA LUTA MINHA
Sinto que a minha luta
É uma
vida que vive em mim.
Sem
querer aprendi a semeá-la,
Regá-la,
amá-la, enfim.
Ela
me toca, me cheira, me irrita.
Ela é
bonita, fascina, me excita.
Como
me atina seu perfume jasmim!
Mas a
luta reclama: quer se soltar.
Libertar
tantas outras que hibernam à lua
(linda,
brilhando, um convite ao passeio
pra
admirar a bandeira ou o rap da rua).
com
um brado perfeito heróico-retumbante
Liberto a luta que sai num instante
A
praticar alguns versos de inspiração sua.
Ah,
luta minha, que decepção!
Algumas
lutas dormem tão entorpecidas!
Estão
cegas, estropiadas, surdas, mudas.
Tenho
medo de não estarem envivecidas,
Pois
morre lua, morre luta, morre a fonte
Da
mãe-luta que vislumbra o horizonte
Do
sonho, do amor, da vida e pátria esclarecidas.
Acordem!
Acordem , lutas entristecidas!
Que a
mãe-luta não merece tal morte.
Mostrem-lhe
que filhos seus não fogem à luta
Juntem-se,
unam-se, e num gesto bem forte
Construam
um mundo com vida, esperança,
Nos
berços esplêndidos um sonho criança
Ostentando
sorrisos e cantando a sorte.
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