quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Grande poeta Letácio



José Letácio Pereira


O  POETA  E  O  MAR


Certo  dia  eu à  beira  do velho mar
Contei  minhas  dores  a  quem  sofria
Entre  grande  barulho  a  rugir a vagar
Atentamente  me olhava  e  me  ouvia
           
Contei  meus  amores,  que  tinha  a  amar
E muito sério  a  continuar  mui  rugia
Contrariando  o  tempo  e  sem  parar
Sem  amor  e  sem  ninguém  ali  gemia

Conversando ali  aquele  dos  seus  amores
Confessou-me  que  os  não possuíam
Que  apenas  amava as  belas  flores...
           
Fui  saindo de  sua  orla  pensativo
Pois o  poeta  e  o mar  não tinham
Somente  do  grande  Deus  ser cativo!


                                                                        


José Letácio Pereira

ANSIEDADE


Anseio ver-te musa querida e desnuda,
Anseio ver-te para mim sorrindo,
Anseio que nunca seja para mim muda,
Anseio ver este teu corpo sempre lindo!

Anseio que ao poeta triste  não  iluda,
Anseio que não estejas de mim partindo,
Anseio que o dilema do poeta acuda,
Anseio que este dilema seja infindo!

Oh! Guarda minh’alma em tua glória sã,
Livra-me ainda do tremendo afã,
No pantheon, em tua celeste  plaga!

És sim a musa santa de todos os poetas
És a inspiração de todos os profetas,
Essa grande ansiedade que ainda vaga!



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