quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

BARES DE SANTA CRUZ EM POESIA AUTORIA DE EDGAR SANTOS






Ah que saudade que temos dos boêmios do sertão
De moças puras e singelas desta nobre Região
E neste reluz  recordamos a vitrola e o violão,
Que no Belo BAR  DA BICA se tocava com paixão
As músicas de Cauby Peixoto
E também do “Gonzagão”

Ah que saudade que temos
Das noites de serenatas
Dos boêmios de  então...
Que encantava as mocinhas
Com as cordas do violão...
Sobre versos e poesias, rimadas com precisão

Ah que recordação...
 Dos assuntos políticos, desta nossa  região
 Contada informalmente pelas fofocas de então...
 Verídicas ou mentirosas, mas eram em “primeira mão”
 Casamento ou traição... todos rasgavam o bocão
 Parecia o “calçadão” que hoje repete o “sermão”  

 Refiro-me ao BAR DO PONTO, de conversas “afinadas”
 Bar do Ponto, do encontro, da tarde ou  madrugada...
 Das  Histórias  do José, do João e Anunciada...
Todas elas bem contadas... ou talvez bem inventadas...
 Mas que daquele  “Ponto”
 Saiam  em  tamanha “disparada”

É preciso acreditar,
Não  é  preciso chorar...
Toda história tem um fim
 Mesmo sendo de um bar...
Mas que de nossa memória
Não podemos apagar...

Recordar é tão preciso...
Gostaria de contar...
Que ali no açude novo...se ergueu também um  Bar..
De nome  Beira Rio, que batiza o lugar...
Beira Rio dos velhos tempos de prosas e poesias,
De músicas belas cantadas  com tamanha melodia...

Viajando no tempo...dei uma volta pelo mundo
E num lamento profundo,
Relembrei o RANCHO FUNDO...
Rancho Fundo não te esqueço,
És vivo em nossa história...
Que tempo tão gostoso ...Cravado em nossa memória...

Rancho Fundo...
Te apelo !
Volte aqui por um segundo
E neste curto momento,
Me faça aqui novamente
O mais feliz deste mundo.

Ah que saudade que tenho do famoso VINTE E SETE,
Que quando menino pivete... Adentrei com o meu pai, 
Hoje o tempo não desfaz...
Aquele momento de paz,
Hoje relembro de tudo, do som de  um trompete
E dos versos bem escritos por titia Marinete.

Nosso bar  CINQUENTA E OITO foi palco de  carnavais,
Foi lugar de boas conversas e de   papos ancestrais...
Reviveu mil e uma noite...Vendo belos madrugais
Nosso bar Cinqüenta e Oito, que o tempo não desfaz...
Traz aqui nossa lembrança...
De muitos  tempos de paz!

Saudade das mulheres... Morenas, loiras e mulatas
Uma tranquila... outra ingrata
De beijos doces ou salgados
De prejuizos ou  pecados
Foram  história bem vivida
Na PALHOÇA LÁ DO ALDO

A  BR é testemunha das  noites de belas festas
Com aquela harmonia... Antes de raiar o dia
Com músicas bem aplicadas e cervejas bem geladas
Era um tempo tão modesto, me recordo sem cessar
Da PALHOÇA DO HUMBERTO...Que acabei de falar...
Pois lá  nela tinha tudo... Para agente degustar.

Também quero recordar
Sem medo de  pecar,
Das noites tão perfumadas
Sob o brilho do luar...
Num ponto tão gostoso
Chamado REFÚGIO BAR

extraída do livro Santa Cruz: Nossa História, Nossa Gente (2010).Edgar Santos

 

2 comentários:

  1. Edgar,

    Os bares de hoje, devido à violência que grassa em nossa cidade, já não são tão atrativos quanto no passado.

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  2. Que belas memórias, amigo. Nos dá muita saudade relembrar esses bares que frequentamos tantas vezes, salvo o BAR DO PONTO, q nao frequentei como cliente

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