domingo, 16 de dezembro de 2012

HISTÓRIAS DOS SANTACRUZENSES

  ZÉ DE BRITO E MARIA DO AMPARO
 
Casa de Auta Pinheiro Bezerra
Praça Cel. Ezequiel Mergelino


  O SAUDOSO Zé de Brito, casado com Maria do Amparo, morava na Praça Cel. Ezequiel, a praça principal de Santa Cruz. O casal tem uma filha Graça, casada com Neto, um agrônomo filho de Parelhas. Manoel Macedo de Oliveira, seu concunhado, contabilista, professor e proprietário da tipografia Santa Cruz, que hoje pertence a Manoel Bernadino, que era seu auxiliar, era seu vizinho de frente.


A empregada da casa de Manoel Macedo, chama-se Rita Onofre, apelidada de Rita Oião, pois tinha os olhos esbugalhados e era considerada a mulher mais feia de Santa Cruz, menos para uma pessoa : Surrupei.
Surrupei era cabeceiro do armazém de Alfredo Praxedes e apaixonado por Rita, que esnobava o coitada e não dava nem cabimento à ele. No sábado, fim de feira, Surrupei enchia a cara de cana e ficava ruendo por Rita Oião.


Zé de Brito tinha um Jeep Willys na praça, que depois trocou por um Corcel que durou muitos anos, só não durou mais do que o Opala de Luiz Fernandes.
Muito querido na cidade, gostava do bate papo no Bar do Ponto, que ficava no centro da Praça e pertencia a Chico Aurélio, que ganhou esse apelido, depois que foi ser motorista de Zé Aurélio Guedes, empresário paraibano da construção civil, que morou uns tempos na cidade. Outro que ganhou o apelido de Chico MDB ou Chico de Iberê, foi Chico Pataca, que na mesma época começou a trabalhar com Iberê Ferreira de Souza, neto do Cel. Ezequiel, hoje Vice Governador do Rio Grande do Norte.



Um belo dia, em meio ao animado bate papo, onde todos se divertiam com Zé de Brito, porque era gago, chega um cidadão filho de Santa Cruz, mas que morava há alguns anos no Rio de Janeiro, perguntou, chiando muito, a um dos frequentadores do bar.
- Amigo você conhece a Maria do Amparo, que é minha parente e mora aqui, que eu gostaria de visitá-la ? O senhor respondeu. - A casa dela é aquela ali, disse apontando pra rua, vizinha de seu Zé Nunes e dona Liô, mas, seu Zé de Brito, esposo dela está ali naquela mesa.O cidadão olhou para o bar e dirigiu-se para o grupo de motoristas da praça que conversavam numa mesa tomando cafezinho.
- Boa tardshi...cumprimentou a todos, chiando pra valer, e dirigindo-se pra Zé de Brito, perguntou :- Você é que é o Zé de Briito.
Zé olhou de banda desconfiado, porque conhecia o parente mais do que farinha e disparou, gaguejando.
- Tem ca...cara de eu ser....e..e...Maria do Amparo.

TEXTO DE CHAGAS LOURENÇO ,Abr/2008

Um comentário:

  1. Edgar,

    Bacana vc ter trazido uma história tão pitoresca de uma de nossas ilustres família. Não esquecendo o próprio casarão, do qual eu torço para que nunca alterem a estrutura original.

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