Arqueólogos apontam local onde Jesus teria sido julgado
Torre de David, em Jerusalém, em Israel (Timothy Wang/Thinkstock)
Foi aberto para
visitação pública o lugar onde teria se passado um dos momentos mais
importantes do Novo Testamento: o julgamento de Jesus Cristo. O local
foi encontrado por arqueólogos durante uma escavação, iniciada há quinze
anos, para a expansão do Museu da Torre de Davi, em Jerusalém. A
descoberta ocorreu depois que os pesquisadores começaram a cavar o chão
de um prédio antigo abandonado, ao lado do museu.
Já se sabia que nesse
terreno havia uma prisão desde os tempos em que a região era controlada
pelos otomanos, que dominaram Jerusálem no Século XVI, até o período do
domínio britânico, no início do Século XX. Uma nova análise revelou que
Jesus pode ter sido julgado ali: entre os sinais encontrados pelos
arqueólogos, além de inscrições deixadas por antigos presos nas
paredes, estão fundações e um sistema de esgoto que os pesquisadores
acreditam ser do palácio de Herodes, o rei da Judeia durante o domínio
romano. “A prisão é uma grande parte do antigo quebra-cabeça de
Jerusalém e mostra a história da cidade de forma única e clara”, disse
ao jornal americano Washington Post Amit Re’em, arqueólogo que liderou a equipe na escavação.
Atualmente, diversos
cristãos que peregrinam até Jerusalém percorrem a via-crúcis, trajeto
realizado por Jesus carregando a cruz O caminho começa no local onde se
acredita que o procurador romano Pôncio Pilatos condenou Jesus à morte e
vai até onde ele teria sido crucificado e sepultado. Yisca Harani,
especialista na religião cristã e na peregrinação à Terra Santa,
ressalta que o trajeto sofreu modificações ao longo do tempo.
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